Levanta a mão quem está cansado de
tanta corrupção e violência em geral! Será que existe algum brasileiro que
esteja confortável com o noticiário atual? Não se fala, não se mostra outra
coisa, senão, esquema de corrupção generalizada, desvios de dinheiro, propina
em forma de mensalinhos ou mensalões. Não se trata apenas de Brasilia! Hoje
cada Estado brasileiro tem os seus escândalos particulares! Enfim, qualquer
discurso contra tudo que esta posto aí, agradará a todos. Isto é fato!
Ha muito tempo que se diz que a
oportunidade faz o ladrão! E é verdade! Não necessariamente o ladrao! Não a
principio pelo menos. Mas no Brasil, as desgraças do povo, fazem surgir os
demagogos, que sem nenhuma base pratica e legal de seus discursos elegem-se Presidentes
da Republica. Foi assim com Fernando Collor, prometendo acabar com os marajás e
os altos salários do serviço público além de combater a inflação. Não conseguiu
nenhuma coisa nem outra. E ainda congelou contas correntes e poupanças,
causando grande trauma na população. Em meio à escândalos pessoais, que
contradizia inclusive seu discurso de campanha em favor dos “descamisados e pés
no chão”, foi cassado pelo Congresso Nacional.
Fernando Henrique Cardoso, criou o
Plano Real. Conseguiu dar estabilidade econômica ao país, fazendo a inflação
cair a níveis nunca antes vistos. Aproveitou a oportunidade e com grande apoio
popular, elegeu-se Presidente por dois mandatos. Ao fim, desgastado e com
sérios problemas na balança comercial, o Pais se via novamente às voltas com o
fantasma da inflação, crises financeiras mundiais, desemprego e endividamento
com o Fundo Monetário Internacional - FMI.
Finalmente, depois de perder para
todos os outros demagogos, Luiz Inácio Lula da Silva, empunhando a bandeira do
Partido dos Trabalhadores, chega ao poder, com o discurso de acabar com a
pobreza, implantando vários programas sociais e distribuindo renda. O que já
era popular, ficou ainda mais. Teve grandes êxitos sim, mas adotando uma
politica pública de subsídios sociais muito questionáveis a longo prazo. Do meu
ponto de vista, muito mais por gerar dependência e não independência e virar
uma terrível e perigosa moeda politica eleitoral.
Tudo isso, como se sabe hoje,
acabou virando uma cortina de fumaça que acabou por servir de blindagem de Lula
em meio a tantos escândalos de corrupção. Essa mesma moeda politica populista,
apadrinhou e elegeu Dilma Roussef para dois mandatos. Mais uma tragédia politica
do país! Um fantoche que não tem grandes marcas de sua administração, senão, o
triste e vergonhoso fim pelas vias do desonroso impeachment. O que se sucedeu,
não foi o fim de uma novela, mas a revelação da verdadeira face de seu
substituto. A Operação Lava Jato colocou Michel Temer no olho do furacão e
grande parte daqueles que o cerca, tido como Assessores, Ministros e base
aliada do Congresso Nacional, encalacrados nas investigações, mas protegidos
pelo asqueroso Foro Privilegiado.
Mas afinal, o que tiveram estes
Presidentes em comum? Porque é preciso fazer um paralelo para comparar
principalmente seus discursos de campanha e o momento por qual passava o país?
Quais as promessas e prioridades de seus governos se fossem eleitos? Educação,
saúde, emprego, habitação, combate à inflação, combate à corrupção, à
violência, à pobreza, não eram prioridade de seus discursos e uma necessidade
urgente no Brasil? Quando isso não foi urgente nesse País? Continua sendo! O
que tem em comum é o uso da fragilidade emocional, do sofrimento, revolta e
desilusão dos brasileiros com a classe politica como um todo.
É importante salientar que todos
estes Presidentes, eleitos democraticamente, em boa parte de seus discursos
colocaram-se como salvadores da pátria, dignos da mais alta honraria, e que
nada seria obstáculo para o cumprimento de suas promessas. Mas na pratica,
descobriram que governar exige bem mais que fazer campanhas, falando
obviedades. Era preciso ter a habilidade
de interlocução. Descobriram que existem leis e regras, por mais
questionáveis que sejam. E que passar por cima de leis tem consequências que
vão além de mera bravatas de oportunismo de campanha. (segue o assunto – parte
2)
Autor: Autenir Rodrigues de Lima
Assist. de Planejamento e Controle
Jateí-MS
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