Quando foi que o público se tornou
privado? Quando foi que a maquina administrativa virou meio de agraciamento e
apadrinhamentos políticos? Quando foi que o orçamento público se tornou
latifúndio para incompetência e imoralidades? Apelando para vícios históricos,
muitos nos dias de hoje ainda tentam justificar a necessidade de praticas tão
danosas à sociedade como necessidade para governar. Usar a maquina pública para
chocar ovos inférteis, originados apartir de acordos políticos e partidários,
em detrimento da eficiência e da eficácia.
Parece que o problema está na
palavra “publico”, apartir daí tudo se desvirtualiza! Tudo pode! É preciso
entender que, mesmo não sendo ilegal, nem sempre é prudente ou moral. O
entendimento de público, está naquilo que é administrado com recursos públicos
e direcionados para a população por meio dos mais diversos serviços básicos,
dispondo de estruturas adequadas com atendimento de qualidade. Quando se torna cabide
de emprego sem nenhum critério técnico, coloca em risco todas as conquistas
alcançadas.
Setor publico e privado têm em comum, características de
empresas, e como tal, sucesso ou fracasso dependem de uma boa gestão para alcançar os objetivos
desejados. No setor privado, qualquer administrador, por menor que seja seu tino
empresarial, sabe que o sucesso de sua empresa depende das pessoas que estão a
frente dos negócios. No setor público, isso parece ser irrelevante. Sucesso é
abrigar o maior numero de interesses e bajulações eleitorais possíveis, em
detrimento de todo o resto. Temos visto isso em todas as esferas de governo:
Federal, Estadual e Municipal, estendendo-se inclusive para o judiciário e
órgãos de controle.
Exemplos recentes de como o
aparelhamento da maquina pública pode depredar recursos públicos e estruturas
do Estado, estão os casos da Petrobras e dos Correios. Excesso de indicações de
chefia sem nenhum critério. Apenas para atender interesses políticos e
partidários, deixaram estas estatais em situação extremamente delicada.
Estatais que já foram sinônimo de eficiência e orgulho para os brasileiros!
Hoje não passam de empresas altamente endividadas, onde a incompetência de seus
acéfalos diretores e a roubalheira sistematicamente implantada, chegou a tal
ponto, que a privatização, principalmente dos correios, parece ser a solução
mais viável, antes que não sobre nada!
Essa parece ser a visão do administrador público brasileiro.
A
legitimidade do voto parece não trazer o peso da responsabilidade de
administrar bem, mas sim, o apoderamento de uma fonte inesgotável de
oportunidades para satisfazer os mais diversos interesses. Os escusos primeiramente.
Autor: Autenir R. de Lima
Assist. de Planejamento e
Controle
Jateí-MS
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