Não tive o
prazer de experimentar o famoso “Queijo Tipo Suíço”. Aquele queijo mais
conhecido por ser cheio de buracos. Mas, guardadas as devidas comparações, tive
o desprazer de passar pela rodovia MS 475 no trecho que liga a BR 376 (cidade
de Glória de Dourados), passando pelo distrito de Guassulandia até a MS 141. As
pessoas que são obrigadas a dirigir naquele trecho sabem a situação vergonhosa
em que se encontra a rodovia. Não é exagero chamar aquele trecho de queijo
suíço, dada a quantidade de buracos que se proliferou em praticamente toda a
extensão do trecho.
Em alguns
lugares, nem desviar é possível! Os motoristas tem que escolher o buraco em que
vai cair! É um teste de paciência e acima de tudo, de muita pericia. Colocar o
carro naquele trecho, só por falta de alternativa mesmo! Os prejuízos
econômicos são inevitáveis. O frenesi de manobras para se desvencilhar dos
buracos, traz desgastes constantes aos pneus, freios, alinhamento e
balanceamento. Durante o dia ainda se pode perceber e até evitar parte deles.
Mas, se algum desavisado vier pela rodovia à noite, os perigos podem ir além do
financeiro e colocar em risco a vida de quem dela necessita.
Passei pelo
mesmo trecho em junho de 2015. Ou seja, há pouco mais de um ano e com certeza
as condições eram muito melhores do que se encontra hoje. Mais preocupante
ainda é que se em tão pouco tempo ficou tão ruim, imagina daqui há um ano ou
mais, como estará se o processo de deterioração não for ao menos contido?
É evidente
que a falta de manutenção e o descaso, são os maiores responsáveis pelo
acelerado estado de degradação naquele trecho da MS 475, mas não são os únicos.
Trata-se de um asfalto de péssima qualidade. Isso é visível! Percebe-se, principalmente pela fina espessura
da camada asfáltica, um asfalto “casca de ovo”, que engana enquanto novo, mas com
o tempo vai se esfarelando e formando buracos em efeito cascata. Vale lembrar
que o Governo do Estado de MS é o responsável pela manutenção das rodovias
estaduais.
Com certeza
deve haver pavimentações piores país afora! Mas não se trata de fazer
comparações. Trata-se de tomar medidas urgentes para que o problema não fique
ainda maior! Isso se chama prevenção. E se resolver hoje já custaria caro,
esperar mais um ano significa talvez refaze-lo a um custo soberbo. Isso se for
dada alguma atenção ao problema a tempo. Caso contrario, vai tornar aquele
trecho da MS 475 impraticável e as consequências como sempre será o povo quem
vai sentir.
Texto autoral: Autenir
Rodrigues de Lima
Jateí-MS
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